Autoridades locais invadem igrejas e ameaçam cristãos no Vietnã
A opressão comunista e pós-comunista é um dos fatores que dificultam o desenvolvimento da igreja no Vietnã. As autoridades que estão sob a ideologia enxergam os cristãos como um grupo perigoso capaz de mobilizar facilmente muitas pessoas. A província de Binh, na parte central do país, é um dos locais onde os governantes mais perseguem os seguidores de Jesus. Em dezembro de 2019, os líderes locais realizaram batidas de casa em casa proibindo a todos de professar a fé, e ainda os obrigaram a assinar um documento negando Jesus. Além disso, as igrejas que procuraram os órgãos públicos para registrar os eventos de Natal tiveram os pedidos recusados, e ainda foram ameaçadas com prisão, caso insistissem em continuar funcionando.
No dia de Natal, os oficias da província interromperam os festejos do nascimento de Jesus e exigiram que encerrassem a reunião. As pessoas que estavam no local tiveram os nomes anotados pelos funcionários do governo. “Não permitimos que os membros das igrejas se reúnam em um só lugar. Se você quer orar ou adorar, faça-o em casa, somente com a família”, disse uma autoridade aos cristãos. No dia 29 do mesmo mês, as estradas que uniam as casas dos fiéis às igrejas domésticas foram bloqueadas com barricadas. A situação ainda é a mesma até hoje.
No Nordeste do Vietnã, as autoridades também invadiram a igreja liderada por Yen* e interromperam as celebrações de Natal, no dia 23 de dezembro. Também espancaram os participantes, isolaram a vizinhança e instalaram câmeras para monitorar as atividades. Os oficiais anunciaram em alto-falantes que os moradores deveriam isolar os cristãos, e que se algum deles fizesse uma atividade religiosa, seria preso.
Mesmo com as ameaças, os cristãos não interromperam a comunhão. Então em janeiro de 2020, os líderes chegaram com a polícia ao local de culto. “Não permitimos que nenhuma igreja exista neste lugar. E se os cristãos ainda continuarem a se reunir aos domingos, usaremos mais violência se for necessário para dissolver esta igreja”, ameaçou um perseguidor.
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