“E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1:14). Neste versículo, o “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1:14). Neste versículo, o

apóstolo apresenta Jesus como o Filho enviado de Deus ao mundo para fazer parte da história. Assim sendo, o Logos é a “Palavra Encarnada”. (Jo 1.1). 

O EVANGELHO DE JOÃO

O apóstolo João é o autor do Evangelho que leva o seu nome. A confirmação da sua autoria encontra-se no próprio texto (Jo 21.20,24) também nos escritos dos denominados Pais da Igreja. Admite-se que tenha sido escrito entre os anos 80 e 90 d.C. De acordo com estudiosos, o Evangelho de João apresenta uma doutrina genuína sobre a divindade de Jesus Cristo. Assim, as expressões “Verbo Divino” e “a Palavra que se fez Carne” são de grande importância neste quarto Evangelho.

O propósito do Evangelho. O Evangelho de João tem como um de seus propósitos levar o leitor a crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, ao crer, encontrar a vida em seu nome (Jo 20.31). Não é por acaso que especialistas referem-se à primeira parte do primeiro capítulo como “o prólogo de João”, ou seja, a “apresentação” desse Evangelho Jo 1:1,14 Neste trecho o apóstolo apresenta Jesus como o Filho enviado de Deus ao mundo para fazer parte da história (Jo 1.1). Assim sendo, o Logos É a “Palavra Encarnada”

A Natureza de Jesus. Apesar de o Evangelho de João sublinhar de forma clara a dimensão divina de Jesus, o apóstolo também aborda a sua natureza humana (Jo 8.39,40; 9.11). Neste sentido, o Evangelho não số realça a divindade de Jesus como Filho de Deus, mas também discute a sua humanidade por meio da morte expiatória do nosso Senhor em favor dos pecados da humanidade. Em João, tanto a divindade quanto a humanidade de Jesus são afirmadas.

“Mas todos quanto o receberam deu-lhes o poder de serem filhos de Deus: aos que creem no seu nome.” (João 1:12)

JESUS, O VERBO DE DEUS.

A revelação que ultrapassa o passado. Quando o apóstolo João redigiu a introdução do primeiro capítulo do seu Evangelho, “no princípio era o

Verbo” (João 1:1), parece ter como referência Gênesis 1.1. Esse primeiro versículo do Evangelho mostra que o Verbo é Deus “no princípio”, possuindo assim uma existência infinita, ou seja, não tem começo nem fim.

Assim, muito além do passado, desde o princípio, o Verbo já existia com Deus, estava com Deus e é Deus (Jo 1.1). Tal como Deus é eterno, também o Verbo o é. Mais adiante, em Apocalipse, o apóstolo João descreve o Verbo como o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim,

diz o Senhor, que é, que era e que há de vir, o Todo -Poderoso” (Ap 1.8). Assim, conforme seu Evangelho, o evangelista apresenta Jesus como o “Logos de Deus”, a Palavra Encarnada que habita entre os homens. Portanto, enquanto “Verbo

encarnado,” Jesus é reconhecido por muitos e adorado como Deus. “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1). Conforme já referimos, no grego do Novo Testamento, a palavra que se traduz por verbo” é logos e significa “palavra”. O conceito de Logos traz consigo a noção de expressão tanto da razão quanto da linguagem. Nesse sentido a forma mais adequada de compreender este termo relaciona-se com as maneiras pelas quais Deus se manifesta ao ser humano. Assim, o conceito mais apropriado para logos encontra-se em Jesus, que representa a expressão da divindade, a revelação de Deus.

                                       A ENCARNAÇÃO DO VERBO

A manifestação do Verbo e a Luz do mundo. João identifica Jesus como o Criador de todas as coisas, mediado pelo Pai através do poder da sua Palavra (Jo 1.2,3). A seguir, ele faz uma distinção entre luz e trevas (Jo 1.4,5). 

As “trevas” simbolizam a obscuridade espiritual provocada pelo pecado. No entanto, Deus enviou João Batista para testemunhar e proclamar sobre a Luz (Jo 1.6-8). A verdadeira Luz é Cristo, que foi anunciado por João Batista, mas os homens decidiram rejeitar (1.9 -12). O privilégio de nos tornarmos filhos de Deus. 

Enquanto Israel rejeitou a bênção da salvação através da obra do calvário. Deus ofereceu a todas as pessoas, independentemente da sua raça, etnia ou língua, a oportunidade de se tornarem filhos de Deus” pela fé no nome de Jesus (Jo 1.12,13). Tanto aos judeus quanto aos gentios, a Luz manifestou-se para revelar o plano divino de redenção a toda a humanidade. Assim, aos gentios foi assegurada uma herança de filiação divina através do

amor do Pai (1 Jo 3.1). Portanto, como crentes em Cristo, temos o privilégio de sermos chamados filhos de Deus”. 

A manifestação e a habitação do Verbo. A frase “o Verbo se fez carne” sugere a humanização de Deus, que passou a viver entre os homens. O termo “verbo” possui uma conotação muito mais rica e profunda do que qualquer conceito filosófico: 

Deus entrou na história (Jo 1.14-18). É importante notar a expressão ‘e habitou entre nós”. No texto grego, essa expressão indica que “o Verbo armou seu tabernáculo, ou tenda, entre nós”. Antes, Deus habitava numa tenda montada pelo seu povo; agora, de acordo com as palavras do evangelista, Ele reside entre nós, representando a manifestação plena da presença divina no mundo.
Fonte: Lições Bíblicas (CPAD)

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